segunda-feira, 17 de maio de 2010

SEM CURA


SEM CURA

Volto a sonhar de olhos abertos
Fecho-o para tê-la mais perto
Mesmo distante como o sol
Seu perfume permanece no lençol
Indiferente a minha solidão
Meu corpo transpira
A respiração cada vez mais ofegante
Sua lembrança viva como antes
Com seu andar elegante
Sorrindo como sempre após o banho
Vem em minha direção
Olhar e corpo refrescante
Aperto forte o travesseiro
Velho cúmplice e companheiro
Saio em desespero pela rua
Vejo-a nas flores, sombras e estrelas
Próxima como o luar
Sinto sua mão me afagar
Corro em sua direção
Demonstrando todo minha loucura
Tropeço na realidade
De uma dor que não tem cura
 
José Luiz

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