ROSAS
Tem sido a vida, para mim,
vereda
De lindas rosas
guarnecida;
Não raro, alguns espinhos
me feriram
--mas, de outras vezes,
nesta mesma vida,
Rosas havia que não pude
ver
Devido às lágrimas de um
pranto;
--depois, porém, de olhos
enxutos,
que surpresa feliz, que
pasmo e encanto,
ao ver que as rosas ainda
floresciam
como as guardara de memória:
em seu tumulto de mil
cores,
dividindo comigo a sua
glória!
Rosas amarelas, penso em
ti, meu filho,
de suave tom de ouro.
As afeições que eu tive numerosas;
Quando de ti as recebi,
pelo meu aniversário.
Pelos anos passados que
são muitos,
Suas pétalas por mim
guardadas,
Estão enegrecidas, secas,
retorcidas,
na mesma embalagem em que
as recebi.
Mas no meu coração
continuam sempre iguais,
Frescas de aroma e
colorido,
as rosas que eu mais quis, as que amei mais.
E possam elas florescer
até o último instante meu.
Se assim não ocorrer, ai!
–mas, ao menos,
As tive; e amei muito,
muito, até o fim.
Sem de ti me esquecer,
mesmo sabendo,
Que de mim te esqueceste...
Amor que não se apaga,
E nunca desfalece, porque
temos laços eternos.
Marilza
pereira calsavara
mdluz
02/02/2019