A VISÃO DO POETA
Um pai, sentindo-se já bem
envelhecido, queria que seus filhos fossem capazes de demonstrarem a ele, cada
um a sua capacidade de persistência, para vencer as dificuldades da vida e
assim dar continuidade ao seu trabalho, ou que fossem capazes de trilhar cada
um o seu próprio caminho com firmeza em busca de um objetivo de vida.
Para isso lhes propôs uma
prova, que consistia em subir no alto de uma montanha e trazer de lá algo que pudesse
ser encontrado com dificuldade, pela altitude da montanha, pela sua vastidão e
também pela falta de seres vivos no seu pico.
O primeiro filho que subiu
com muito esforço encontrou uma macieira, e feliz tirou dela um galho com fruto
e retornou com júbilo para oferta-la ao seu pai.
O pai elogiou e agradeceu
o presente.
O segundo filho, também
conseguiu escalar a montanha, mas já teve alguma dificuldade para encontrar
algo que pudesse ofertar ao seu pai, como prova do seu esforço. Avistou então
uma rocha, da qual pode retirar uma pedra preciosa que ele guardou com cuidado,
exultando de felicidade. Entregou a seu pai essa pedra como um troféu do seu
esforço.
O pai também o elogiou e
agradeceu.
O terceiro filho começou
então a sua parte na prova e subiu... subiu...subiu...
Chegou ao topo da
montanha.
Não tinha mais nada que
ele pudesse levar como prova do seu esforço. Foi aí então que ele comtemplou a
beleza da obra do Senhor da Vida, que ele podia usufruir nas alturas. Ficou
maravilhado!
Pensou então: “Eu vou
levar a visão”.
Chegando à casa do pai, de
volta da empreitada, ele disse:
--Pai, o que eu pude
trazer para o senhor foi a visão da beleza da obra Divina.
Toda a amplitude dos rios,
das matas, dos vales a perder e vista...
O pai então respondeu:
--Parabéns meu filho. Você
entendeu perfeitamente a missão que eu lhe confiei.
“ESSA É A VISÃO DO POETA”.
Publicado no livro de
minha autoria “O CANTO DA TERRA VIRGEM” em 2006
MARILZA PEREIRA CALSAVARA
MDLUZ
28/01/2018