O FRAGOR DOS “SEUS” SILÊNCIOS
Aqueles a quem a morte mais reclama
Porque muitos invernos já viveram,
Os que da vida a chama já perderam
E têm por incertos pão e cama;
Essas árvores que os ventos não vergaram
Pra confortar a prole da sua rama,
Que hoje - ao abrigo - lhes ignora o drama
E que despreza o tudo que eles fizeram;
São os credores maiores da sociedade
Desta que os omite e os maltrata
Votando-os à aviltante indignidade.
E enquanto a miséria os desbarata
E os esmaga tanta iniquidade
O abandono plos seus é que mais mata!
Escritor português de SINTRA
Não segue as mudanças ortográficas